No final da década de 90 eu tinha muito tempo livre. Estava no inicio da faculdade e o computador era quase que o centro da minha vida. Sempre vendo novas configurações, troca de HD, atualização de processador e experimentando novos sistemas operacionais. Windows, Linux e até OS/2 passaram pelos meus computadores.
Ao invés de ter um computador para testes, como qualquer um faria hoje em dia, o que eu fazia era o famoso dual boot. Particionava o HD em duas ou até mesmo 3 partições primárias para dar boot para cada um dos sistemas operacionais. A minha memória mais viva foi o dia em que eu instalei o OS/2 no meu 486DX2-66. Foi bem no dia que explodiu um paiol de armamento da Marinha na ilha do Boqueirão.
Hoje em dia não vejo mais motivo para fazer este tipo de manobra pra ter vários sistemas operacionais. Dual boot certamente é a maneira mais performática de ter dois sistemas operacionais, mas o mais prático é ter algum programa de virtualização como o VMWare, VirtualBox ou Paralells. Pois bem, e o lance do Android que eu coloquei no título?
Para começar você precisa fazer root do seu Android, coisa que eu já não gostei, mas o fato de fazer dual boot num smartphone pra mim já é uma aberração por si só e não seria digno de um artigo no meu blog, mas por algum motivo torto, resolvi escrever, afinal, nenhum usuário normal faria um dual boot de seu smartphone, apenas um louco por tecnologia.
O dual boot funciona assim. Você fica com a imagem dos sistemas operacionais gravados no cartão SD e usa o BootManager, programa que você pode adquirir para o seu smartphone com Android, para alternar entre até 3 ROMs.
Como o BootManager aponta para algumas ROMs no cartão SD o SO não vai rodar tão rápido quanto na memória FLASH do smartphone. E tem mais, nem toda ROM vai funcionar e nem todo smartphone com Android é compatível com a brincadeira. Apenas o Motorola Droid, Droid Incredible, HTC Thunderbolt, HTC Vision, HTC EVO 4G, HTC Inspire 4G, HTC Desire e HTC Desire HD tem suporte oficial.
Via LifeHacker.
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