“Not so fast grasshopper.” Não vou explicar novamente o que é o Lively, por isto, despenque-se para o artigo que escrevi em julho à respeito. Já respondo logo a pergunta do título: Nem a pau! Ainda mais por que o Second Life não será morto por ninguém, ele morre sem ajuda.
Eu dificilmente erro nas minhas primeiras impressões. Eu achei que o Second Life iria afundar e levou um pouco mais de tempo do que eu imaginava. Hoje não se fala mais dele. Ainda bem! O Second Life era ruim demais. Onde já se viu ter que instalar um programa comedor de CPU, memória e disco para apenas conversar com pessoas através da internet? Muito mais prático usar MSN, gtalk, ICQ (sim eu ainda uso ICQ. Acredite se quiser), email e sites sociais tipo orkut e seus clones e serviços concorrentes. Estes métodos são ótimos para se usar enquanto se navega ou escuta música, coisa que não dá pra fazer quando você usa o Second Life.
Eu achei o Lively uma meleca grande e dura e com cabelo por que achava que era algum tipo de concorrente do Second Life. Só que não é. São duas coisas completamente diferentes. O Lively não é um mundo 3D virtual. São salas de chat em 3D. Tudo bem que é difícil de aprender a mexer. Tudo bem que as páginas de ajuda e a própria interface do serviço está em inglês. Tudo bem que o lively está todo voltado para o angloparlantes. O exemplo para isto é quando você digita “LOL” o seu avatar se movimenta como se estivesse rindo. Para nosso caso, o Lively deveria entender o “rsrsrs”. Tudo bem que… Espera. Me perdi. O que eu tava falando? Ah sei lá. O lively é uma merda. 😀 Ou não. Ah lembrei. Não fugiu… Deixa pra lá.
O Lively parece que ela nasceu errado. Ele não tem cara de Google, não tem o Google-mojo e pior, não ganhou o usuário de internet de jeito. O povo do Slashdot disse que o Lively é uma cópia mal feita do Second Life. Já no About.com até acha a idéia interessante, mas hoje é uma ferramenta de chat para jovens entediados. E no blog do josé gomez (é um qualquer da internet, ninguém muito importante) dá pra ver o por que ninguém gostou. Ele faz uma analise mais profunda e explica do ponto de vista de um usuário do serviço onde a coisa pega mal. A interface é difícil de entender, as salas não tem nenhum tipo de entretenimento, não existe nenhuma inovação em relação a outros serviços similares e melhor você ler lá o que ele escreveu. Tá em inglês, mas é bacana.
Fui ler o artigo da Ars.Technica que revisitou o serviço depois de um mês de lançamento, passei a ver o Lively com outros olhos. Parece que o serviço foi ao ar pela metade (na verdade 20%) e ele vem evoluindo aos poucos. O potencial de mundos 3D é grande, dá pra ver isto nos jogos, mas por que toda implementação que não seja em um jogo é tão ruim? Eu li em algum lugar que mundos virtuais em 3D servem para um de três propósitos. São para Entretenimento (vide o WOW – World Of WarCraft), treinamento (neste caso pode ser por exemplo simuladores de vôo) e por fim, visualização de simulação (por exemplo noções espaciais de um novo projeto de carro, projeto arquitetônico e afins). O Lively, hoje, não serve para nenhum destes três, apesar de focar no primeiro propósito. Quem sabe sua evolução não reverte este quadro?
Eu não sei por que ando tão rabujento e por que não gostei do Lively. Mesmo escrevendo este artigo, confesso que meus motivos para odiar o Lively são fracos. Tentei encontrar através do Google artigos a respeito da criatura 3D, mas só achei artigos mal escritos ou que falam mal do pobre coitado. Será que tem alguém que tenha gostado dele?
Durante as pesquisas encontrei o primeiro mundo 3D que usei. Se chamava AlphaWorld e Active Worlds. Era ruim já naquela época, ainda mais por que o método de acesso a internet era através de linha discada com modems de 14.4kbps. Vendo as telas do AlphaWorld tenho certeza que desde aquela época, ou seja, mais de 10 anos, pouco se evoluiu. Parece que a gente ficou preso em algum tipo de laço temporal e nada evolui… ou não.
Deixe um comentário para bernabauer Cancelar resposta