QR-Code: faca de dois gumes

Você deve ter notado que na barra lateral do blog agora tem um código de barras. Não é qualquer código de barras. É um QR-CODE. Pra que ele serve? Serve para ocupar espaço na tela, mas também serve para outras coisas.

Você já deve ter ouvido falar de encurtadores de URL. Eles surgiram na carona do twitter, que tem limitação de quantidade de caracteres e sem os encurtadores, seria impossível criar um link para a maioria das páginas da internet. Nascidos de uma necessidade pontual, seu mal uso veio em seguida. Como o link encurtado, o link de destino passa a ficar escondido e clicar em um destes se torna uma aventura. Para onde você será redirecionado? Só quem criou é que sabe.

Assim surgiram os link de spam encurtados. Varias empresas e serviços atuam neste ramo para garantir que links encurtados que apontam para sites maldosos sejam utilizados e acessados. Os QR-CODE funcionam da mesma maneira que os encurtadores de URL. A única diferença é que ele é para ser usado com smartpones. Isto mesmo. E da mesma maneira que os produtos do supermercado em seu código de barras que são reconhecidos por um leitor ótico, os QR-codes são lidos a partir de programas que utilizam a câmera digital do smartphone para decodificar a url que ali esta.

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Eu não gosto de QR-CODE. Hoje eles são mal utilizados da mesma maneira que os encurtadores de url. O QR-CODE só veio aí para a barra lateral por conta de um plugin para oferecer uma interface móvel mais agradável do que a solução anterior que eu utilizava. Tudo bem que eles oferecem uma maneira simples e pratica de acessar uma informação num smartphone, economizando tempo de digitar url de um site ou produto, mas eu não tenho garantia nenhuma de que a imagem gerada aponta para o local corretor e por isto elas são perigosas.

Outro problema é que eu só vi uma única aplicação pratica do QR-CODE. Uma rede de supermercados da Coreia utilizou os painéis de publicidade do metro de Seul para que os cidadãos fizessem compras. A sacada foi imprimir a reprodução da gôndola do supermercado no painel e utilizar QR-CODE para o cliente selecionar o produto. O pedido é feito pela internet e a entrega ocorre como as demais compras de internet. Tirando esta iniciativa, jamais vi algo realmente útil com QR-CODE.

Por fim, o ultimo problema que eu vejo no QR-CODE é que ele não é suportado de maneira nativa nos navegadores de dispositivos moveis. Pra usar e reconhecer um QR-CODE, você precisa baixar um dos vários programas disponíveis nas app stores. Na minha visão, ao pressionar a caixa de digitar a url mão navegador, deveria existir um botão que permitiria reconhecer o código do QR-CODE. Este tipo de solução deveria existir tanto para o smartphone, quanto nos tablets e também nos desktops/notebooks, afinal, todos estes dispositivos agora contam com câmeras.

Outra coisa legal que poderia ser feita é que as imagens de QR-CODE deveriam ter um link associado apontando para o local onde elas estão configuradas para te levar. No caso do uso impresso de QR-CODEs a URL para qual ela aponta deveria vir impresso abaixo do código. Isto traria mais segurança, ou não… Enfim, só uma idéia.

Voltando ao seu mal uso, você pode ler mais sobre o uso de QR-codes por spammers no artigo da IDG Now!.


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Comentários

2 respostas para “QR-Code: faca de dois gumes”

  1. Avatar de Rafael
    Rafael

    O problema é que os QRcodes não são usados somente para armazenar URLs.

    Eles podem armazenar vários tipos de informações, até mesmo imagens.

    Assim, se for pra mostrar anexo ao QRcode o conteúdo do mesmo, ele acaba perdendo o sentido.

    Por aqui (Brasil) a utilização do QRCode ainda está engatinhando, mas lá fora já é muito usado. Você vê muito em propagandas, mercados, estações de ônibus e metrô, cinemas e até em placas que as imobiliárias colocam nos imóveis.

  2. Avatar de Kiko Nascimento

    O BING do WindowsPhone vem sim com um leitor QR-CODE embutido.

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