No ano passado acabei brincando com um Samsung Galaxy Tab. Foi logo uma das primeiras versões, mas não recordo da versão do Android. Acho que não era a 2.2. Bom, alguns meses se passaram e aquela sensação de equipamento fraco e longe de competir com o iPad não passou. Depois de meses de espera, finalmente chega às minhas mãos um Galaxy Tab da Samsung no qual posso fazer todos os testes sem medo.
Normalmente quando solicito um equipamento, fico animado e esperando em busy-wait. Saca o burrico do Shrek? “A gente já chegou? A gente já chegou? E agora? A gente já chegou?” Então. Com o Galaxy Tab da Samsung não foi assim. Recebi a previsão do equipamento para uma sexta feira, mas ele não chegou, mas nem assim fui perguntar. Ele chegou na quarta da outra semana e no final do dia. Ao invés de abrir a caixa e parar tudo que eu estava fazendo, acabei colocando a caixa, fechada, no armário, por onde ele ficou quase um dia inteiro
Quando me dei conta, tinha esquecido de sua chegada. Fui ao armário, tirei da caixa e comecei a ver o que vinha. Dois cabos USB, um para o fone bluetooth e outro para o tablet. Aqui já vale o primeiro comentário. Um dos cabos, o que carrega o tablet é USB de um lado e proprietário do outro. Qualquer um imaginaria que o fato de ser USB quer dizer que ele poderia ser carregado numa porta de computador, não é mesmo? Pois bem. A resposta é não. #FAIl número 1.
Já falei do cabo que carrega o fone bluetooth, claro que vem um fone bluetooth também. Mas porque vem? Por que o Galaxy Tab recebe um chip GSM que pode ser usado para conexão 3G, que pode ser inclusive compartilhado via WIFI, mas também pode ser usado para conexão telefônica e envio e recebimento de SMS e MMS. O que mais? Carregador e uma capinha.
Aliás, a capinha merece um parágrafo só para ela. A capa é mais interessante que a do iPad, mas eu tenho a impressão de que ela foi projetada para um canhoto. Ao invés de abrir como um livro, ela abre para o lado oposto. Para a direita. Coisa de canhoto, mas talvez não. Acontece que o Galaxy tab tem todos os seus botões e portas do lado direito. Aí, já viu, né? A capinha abre pra lá. Pior é que para usar a câmera, a capa atrapalha, pois precisa ficar aberta.
A câmera é bem legal. Tira fotos muito boas e a tela do Galaxy Tab também é bastante boa. Não chega a ser tão boa quanto à do iPhone 4, mas é melhor do que do iPad. Ela utiliza AMOLED ao invés de LCD com LED.
E o que mais? Bom, ele tem receptor de TV Digital e Analógica e o Android é o 2.2 Froyo. Estou apenas esperando para o 3.0 chegar e meu mundo mudar completamente.
Atualmente estou entre duas opiniões. Ou o Galaxy Tab com Froyo é realmente uma colcha de retalhos ou eu estou ficando velho. Fiquei bem quase um dia me perguntando como e onde estaria a configuração para trocar o papel de parede. Resultado é que eu não descobri e a estagiária que tem 10 anos à menos que eu me mostrou. Claro que para ela ficou muito mais fácil de saber, afinal, ela tem um smartphone com Android e eu não mexo no smartphone com Android que tenho já faz mais de 1 ano. E aquele smartphone é com Android 1.5. Talvez com o tempo, eu descobriria, mas ficar caçando funcionalidades e descobrir como as coisas funcionam já não me parece mais tão interessante.
As coisas precisam simplesmente funcionar e serem fáceis de encontrar e trocar. A troca do papel de parede parece uma coisa simples, mas no Galaxy Tab, não é. Dentro da aba de configurações, não é possível encontrar esta opção. Para trocar é necessário deixar o dedo sobre a tela ou acionar o menu, um dos botões que existe em todos os aparelhos com Android. Óbvio? Não. Pelo menos pra mim.
Achar o MAC Address no Galaxy Tab, também foi complicado. A interface não me ajudou e só descobri por conta do Google, que prontamente me respondeu como achar. De posso do MAC Address, fui no meu Time Capsule para liberar o tablet da Samsung para usar minha rede wireless em casa, por que no trabalho, funcionou perfeitamente, usando WPA2, o que é um grande mérito para o Galaxy Tab. Acontece que o Galaxy não conseguiu se conectar a rede wireless do Time Capsule. Não funcionou de jeito algum. Até que eu percebi que o teclado virtual a primeira letra vem em maiúscula. Maldito teclado virtual. Precisava fazer isto na configuração da rede wireless? 10 tentativas depois, consegui conectar.
E o slot para o microSD? Bem, como a estagiária estava por perto para me ensinar como usar o Android, e achando engraçado como eu tinha dificuldade, resolvi tentar copiar uma foto do Galaxy Tab para o microSD. Primeira dificuldade foi colocar o cartão microSD em seu slot. Enfia como? Virado pra lá? Pra cá? Depois de duas tentativas, algumas risadas e um “ih… acho que vai quebrar!” finalmente o microSD entrou. Depois de entrar, olhares se cruzam e a óbvia pergunta: “Será que tirar vai ser mais fácil?” e foi. Copiar a foto não foi possível, mas tirar uma foto diretamente para o microSD, foi. Bastou reconfigurar o software da câmera.
Talvez o Galaxy Tab não seja tão ruim assim, nem eu seja tão velho assim. Uma coisa é certa. O Galaxy tab é novo demais pra mim. Ele é confuso, incoerente e precisa amadurecer para me conquistar. Pra quem nunca usou um iPad ou um iPhone, pode ser um dispositivo bem legal e agora com a versão de 10″ em vias de fato de chegar ao mercado, é bem capaz de se tornar uma ótima alternativa ao iPad. Sem falar que ele tem bem mais funcionalidades.
Eu vou continuar com minha fama de Apple-fag e ignorar a existência do Samsung Galaxy Tab e marchar soberano achando que o iPad 2 será o melhor tablet existente no mercado, ainda que ele não seja… tecnicamente… 😉
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