Meu Time Capsule chegou na semana passada. Primeiro eu achei que o Submarino me pegou alguma peça, afinal, eu tinha comprado o Time Capsule de 1TB, mas a caixa que veio era do tamanho do meu monitor de 19″ CRT. Simplesmente E-N-O-R-M-E! A caixa é nojenta a começar pelo logotipo submarinística e terminando para sua estrutura. Parece feita de papel e não papelão. Dentro da caixona, outra caixa. WTF? Pegadinha do malandro? Não. Esta caixa é melhor. De cor parda e com fita adesiva com logotipo do pomar. Esta sim. Finalmente! Será que é esta caixa? Não. Dentro desta caixa, veio outra. Esta era pior. Embalada com aquele plástico nojento que impede todos de escutarem o CD recém comprado. Feliz porém, por que esta é a caixa da Apple.
Parece um desperdício enorme de papel e papelão, né? Bom, de certa forma, fico feliz que ele veio bem protegido. Depois de abrir a caixa, que você pode ver aqui, me maravilhei. E já que o papo até agora é só de abertura de caixa, vou logo falar do que vem dentro do TC. TC é Time Capsule a partir de agora. O TC por dentro é supersimples. Um disco rígido da Hitachi e alguns CIs. That’s it.
Desde que tirei da caixa a criatura está ligada e por tanto venho usando a criatura com momentos felizes e outros não tão felizes. Colocar a criatura para funcionar foi fácil. Configurar o MBP para fazer backup via TimeMachine foi ridículo. Eu achei que teria rios de coisas para escrever, mas não. Não existe dificuldade para usar a coisa. Colocar a criatura na rede, configurar para autenticar com meu Modem ADSL, colocar segurança WPA2 e deixá-la escondida foi simples. Nada de me sentir perdido e clicando loucamente através dos menus como era com meu Linksys WRT54G.
É simplesmente fantástica a idéia da Apple de usar um software que acha o dispositivo e faz todas as configurações. Melhor é ela usar uma linguagem simples e não técnica o máximo possível. Para o usar o Linksys é quase necessário uma pós em redes. Eu adoro sopa de letrinha, mas cá entre nós, é um saco falar um dialeto com cada equipamento diferente.
Depois de fazer a configuração inicial, personalizar com configurações de NAT e restrição via MAC address e ainda mudança de escopo DHCP foi simples. Aliás, este foi o primeiro equipamento de rede doméstica que eu tenho que distribui IPs do maior para menor. Meu IP é cheio de noves agora. Kinda cool.
Perambulei por todas as opções do TC e após vasculhar tudo algumas dezenas de vezes posso dizer: É um saco ter que ver a criatura dar boot a cada alteração de configuração.
O TC tem uma porta USB, uma de WAN e ainda 3 outras para ethernet gigabit. A porta USB serve para duas coisas. A primeira e mais óbvia é para colocar uma impressora. Se você acha que vai poder colocar seu modem ADSL pela porta USB esqueça. A Apple montou até uma página para informar para que serve a porta USB. Além da impressora você pode colocar um HD. A porta não é alimentada então nem adianta espetar o iPod ou iPhone ali para carregar. Ah sim, além de um HD externo e de uma impressora, você pode colocar um HUB USB para colocar mais impressoras e HDs.
O TC tem SNMP, permite ser incluído no Workgroup para compartilhamento de disco e tem o WDS que tanto me interessa. WDS permite que um sinal de WiFi seja repetido por outro equipamento Wireless. O AirPort Express por exemplo serve para isto. Eu acho que não precisa explicação, mas a Apple montou uma ótima página de suporte que mostra como se monta uma rede wireless usando WDS.
Depois de tanto mexer com a criatura do pomar recém chegada, resolvi colocar novamente a mão no meu amado novo gadget. PQP! Eita coisa quente. O dito fica quente pacas. Talvez seja bom para usar no inverno para aquecer os pés. Certamente parte da culpa é do HD.
Outra. Na primeira foto, que tirei com o celular nojento e defeituoso que ainda habita o meu bolso, dá pra ver o TC entre o meu MBP e um gigantesco monitor de 19″. Atrás dele um modem ADSL. Dá pra notar claramente uma gigantesca luz verde. A Apple é sempre tão simples, por que ela resolveu colocar um LED tão grande e brilhante para a luz de status? Você pode ainda configurar para ela piscar quando tem atividade de rede ou deixá-la apenas ligada. Eu dou meu braço esquerdo para que a Apple inclua a opção de desligar a merda do LED. O TC está no meu quarto e com a luz apagada e configurado para piscar na atividade de rede o meu quarto passou a ser uma boate com luz stroboscópica (é assim?) verde. Não deu pra dormir, tive que voltar a configuração ALWAYS ON e colocar algo na frente para não me incomodar mais.
Por fim, minha maior decepção foi a maldita tomada. Eu comprei oficialmente aqui no Brasil, mas tenho um amigo cuja irmã mora na Inglaterra e o dele veio de lá. Nossas duas tomada são iguais. Eu adoraria que fosse a tomada de faquinha (como o da foto) e não esta de porco redondinha. Tive que usar um adaptador nojento para poder colocar o TC no nobreak. Pelo menos ele não vem com uma fonte externa. Aliás, eu quase violentei o buraco de energia do TC para enfiar o cabo que veio. Ô coisa dura de enfiar. E eu não sou o único.
Como o TC funciona com a rede 802.11n tratei de fazer meu notebook falar esta língua também. Achei que notaria grande diferença de velocidade, mas não notei. Como não tenho parâmetro para o antes, acho que está legal. Achei uma página que me diz quantos MB/s eu deveria estar fazendo em cada uma das especificações 802.11 e parece que tudo está correto. Atualmente estou copiando 56 GB de um HD externo ligado via porta USB no MBP e copiando para o TC via wireless. Meu “meter” está informando 3 MB/s. Culpa do USB? Era para estar perto dos 11MB/s, mas eu já consegui esta velocidade copiando outras coisas para o TC.
Resumindo o que eu falei sobre o TC e classificando em duas categorias:
Adorei
- AirPort Utililty
- Facilidade de configuração
- Tamanho
- Fonte interna
Não gostei
- Luz de Status
- Temperatura
- Boot (do TC) para cada nova configuração
- Preço
- Tomada
Pode não parecer, mas eu adoro o meu TC e recomendo fortemente que você tenha o seu. Foi a melhor compra de 2008 pra mim.
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