duas cameras com um custom mount e uma lente para panoramica.

Como Criar uma Super Câmera em Casa: Duas Sony Full Frame, uma Lente e Impressora 3D

Reimaginar o passado usando a tecnologia de hoje é um desafio apaixonante. E se você pudesse criar, em casa, uma câmera digital com sensor do tamanho de um filme panorâmico, usando apenas duas câmeras modernas, peças impressas em 3D e muita dedicação? Conheça, a seguir, os principais aprendizados de quem realizou essa façanha – sem formação em engenharia, mas com curiosidade de sobra.

super camera formada por duas cameras numa unica lente
Duas cameras ligadas na mesma lente para uma super panorâmica.

Da Engenharia de Equipes ao DIY

Antigamente, criar equipamentos inovadores exigia times inteiros de engenheiros e laboratórios. Agora, recursos como impressão 3D, câmeras acessíveis e tutoriais na internet permitem que qualquer entusiasta tente projetos ambiciosos sem sair de casa.

O Projeto: Uma Câmera Panorâmica Digital Caseira

O autor embarcou no desafio de unir duas câmeras Sony A7 (full frame) para capturar uma imagem de 24x72mm, superando o formato do clássico filme panorâmico. Para isso:

  • Usou impressora 3D para imprimir um adaptador, que conecta um grande objetivo (Pentax 6×7) às duas câmeras.
  • Desenvolveu um sistema de espelhos a 45°, inspirado no funcionamento das antigas XPan e adaptadores analógicos, para dividir a imagem captada pelo lente entre os dois sensores.
  • Empregou controles remotos simples e um splitter para sincronizar o disparo das fotos nas duas câmeras.

Aprendizado na Prática (e na Falha)

No primeiro teste, os resultados mostraram que precisão é tudo. Mesmo com todo o planejamento, pequenas diferenças no alinhamento dos espelhos e variação no encaixe das câmeras (impressão 3D sem tolerância de máquina industrial) impediram que ambas as fotos ficassem nítidas ao mesmo tempo. O desafio de foco e paralaxe entre os sensores ressaltou o quanto a engenharia óptica demanda precisão.

Evolução para a Versão 2

Com feedback da comunidade (e muitos comentários no YouTube), o projeto evoluiu:

  • Substituição dos espelhos comuns por modelos com superfície refletora na face frontal, essenciais para evitar distorções e fantasmas na imagem.
  • Novo desenho do corpo do adaptador, tornando o visual mais interessante e funcional.
  • Tentativas de corrigir o encaixe das câmeras para reduzir folgas e minimizar o efeito de shift e blur.
  • Novas ideias surgiram: uso de beam splitters, prisms, suportes metálicos, e até a inspiração estética de filmes clássicos.

Limites, Possibilidades e Inspiração

Embora o projeto ainda não tenha atingido a perfeição (fatores como estabilidade do encaixe, tolerância das peças 3D e alinhamento fino continuam sendo obstáculos), o processo revelou que hoje é possível experimentar, aprender e até criar “monstros” interessantes sem grandes recursos.

Mais do que o produto final, o que prende a atenção é a jornada: cada tentativa revela aprendizados, mostra limitações reais da manufatura caseira e inspira quem assiste a tentar algo novo com os recursos à mão.

E você?

Já tentou criar algum equipamento inovador em casa? Tem uma história de sucesso, fracasso ou alguma ideia maluca para compartilhar? Conte nos comentários: sua experiência pode inspirar ou ajudar o próximo curioso!

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